Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Do Voz do Movimento
Com a participação de trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra de dez regiões da Bahia, o Parque de Exposições Agropecuária de Salvador recebe entre os dias 06 e 08 de dezembro, o 32º Encontro Estadual do MST na Bahia.
O encontro tem como objetivo reunir toda militância Sem Terra baiana para analisar o atual momento político e, a partir disso, apresentar os desafios mais gerais da luta pela terra no estado.
A realização deste evento é fruto de mais de 60 encontros regionais e de brigadas, que aconteceram nos últimos dois meses nas regiões onde o MST está organizado.
O 32° Encontro Estadual do MST na Bahia revive, como em todos encontros, a mística Sem Terra, trazendo as cores do povo do campo e a cultura camponesa através das músicas, dos gritos de ordem, da exposição da produção de alimentos saudáveis, artesanatos e toda luta pela Reforma Agrária Popular.
O evento contará com três dias de estudo e atividades diversas, como a realização de espaços auto organizados às mulheres, a juventude, as LGBT Sem Terra e para os homens. Além disso, o Encontro marca o lançamento da Campanha Estadual Contra os Agrotóxicos e duas campanhas nacionais: a “Jornada Nacional de Formação e Trabalho Base Construindo a Reforma Agrária Popular” e a “Campanha Nacional de Reflorestamento do MST”.
Debater, organizar e resistir
Para Fátima Santos, da direção estadual do MST na Bahia, a realização do encontro estadual na atual conjuntura, onde existe um grande número de despejos em áreas estaduais, é um desafio grande. Nesse sentido, ela enfatiza que realizar o Encontro Estadual é reafirmar resistência ativa e continua: “É dizer para sociedade que nós seguimos lutando e que vamos seguir resistindo. E, para além disso, manter nossas atividades e fazer o resgate da nossa mística, com o objetivo de reavivar a nossa militância, fortalecendo a nossa unidade e trazendo como referência o histórico de luta que nosso povo tem construído.”
Baseado nos elementos já apontados pela Fátima, Isaias Nascimento, também da direção estadual do MST, aponta que o Encontro é a mística da luta, que se mantem viva por 32 anos de organização política e popular do Movimento no estado.
“Nesse momento, sentimos a necessidade de permanecer nos mantendo organizados na construção da resistência ativa, onde não vamos permitir que a elite dominante retire de nós nenhum palmo de terra conquistada e que não permita que nos tire o direito de lutar por nossos sonhos”, conclui Nascimento.