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Conheça as Mulheres Sem Terra que estão lutando contra os vírus e as violências

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Para Voz do Movimento

Para celebrar a luta e resistência das mulheres negras Sem Terra, o movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra -MST, organizou coletâneas de perfil de mulheres negras da atualidade que inspiram na historia das lutadoras negras para construção de uma sociedade mais justa e igualitária, hoje o nosso perfil vem do extremo sul da Bahia, cheio de rima e ousadia.

Militante dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Ranielly Peixoto da Silva tem 16 anos, filha de Rozilda de Jesus Peixoto e Valdemir Ferreira da Silva, tem quatro irmãos e uma irmã natural de Eunápolis, estudante do ensino médio, designer de sobrancelha e coordenadora do setor de cultura do Pré Assentamento União.
Ranielly é Uma jovem negra moradora de uma área de assentamento da Brigada Ernesto Che Guevara e vem desenvolvendo ações significativas para a organização de sua comunidade, inspirando a juventude ao seu redor. Os desafios são imensos quando se é jovem e principalmente mulher negra, mas a militante carrega consigo o sangue de justiça e amor pela luta na reforma agraria e por uma transformação social.

De origem simples, nasceu dentro da luta da reforma agraria se inserindo em diversas ações desde muito nova com sua família. Tem uma personalidade forte e uma vaidade que já aflorava desde os cinco anos de idade, quando se produzia com maquiagens de sua mãe, atiçada pela proibição do ato: “Quanto mais ela dizia que não podia, mais eu me pintava”, lembra.
De designação religiosa evangélica e não esconde o prazer por se embelezar e sua paixão por salto altos.

Se considera feminista e levanta essa bandeira sempre que ousa fazer aquilo que dizem que mulheres não podem ou não são boas fazendo.
É Apaixonada por cavalos, montando sempre que tem tempo livre além de joga futebol. É uma garota cheia de sonhos, acredita que o sua rebeldia é um ponto positivo para continuar lutando junto ao MST, para combate um governo Genocida que não respeita seu povo, principalmente o povo negro, na construção da reforma agraria.

Sonha em estudar direito, inspirada na história de Nelson Mandela e Mariele Franco, personalidades que tem como referência para luta contra todas as formas de opressões e injustiças que existem no mundo e assim construir uma sociedade mais justa e igualitária.

“Já ouvir meus professores dizerem que mulher negra e Sem Terra, jamais poderá ser advogada, no máximo que vou conseguir é ter o ensino médio, mas acredito na força do meu povo e da minha capacidade ser quem eu quiser ser. Diariamente eu luto para ser a mulher que tanto almejo”. finaliza Peixoto.