Por Coletivo de Comunicação do MST/BA
No município de Sento Sé, Norte da Bahia, a Feira Agroecológica da Mulher é uma conquista das Trabalhadoras Sem Terra do Assentamento Potiguar, na Brigada Pau de Colher. Juntamente com a Rede Mulher, elas produzem e vendem seus produtos no município todas às sextas-feiras.
A ideia da Feira Agroecológica da Mulher surgiu no final do ano de 2018, no planejamento territorial da Rede Mulher no Norte Baiano, a proposta era que cada município realizasse uma feira anual, assim, surgiu a primeira Feira Agroecológica da Mulher no Município de Sento Sé, realizada em 18 de julho de 2019.
Após a chegada do Projeto Pró-Semiárido, conjunto de compromissos do Estado para levar serviços e investimentos diretamente para a população da Agricultura Familiar no município, surgiu a discussão de ampliar e continuar a realizar a feira a cada quinzena. Assim, as mulheres Sem Terras deram início à feira livre na cidade. Diante disso, surgiu a realização da primeira Feira Agroecológica da Mulher em Sento Sé que foi realizada no dia 18 de julho de 2019.
As Mulheres Sem Terra, devido à pandemia tiveram que se reinventar, já não podendo vender na feira física, com o apoio da Rede Mulher às companheiras passaram a fazer suas entregas em delivery, dessa forma, não deixaram de dialogar com a comunidade sobre a importância de consumir um alimento de qualidade e saudável, retirando daí a sua renda.
Com a queda de casos positivos da Covid-19 na cidade, a feira física retomou, e funciona toda semana às sextas-feiras, tendo como apoiadores: Rede Mulher, Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, Pró-Semiárido, Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR, Ecoforte, Prefeitura Municipal de Sento Sé, Vereador Dr. Cláudio e Secretaria de Agricultura.
Através da Assistência Técnica, colaboradores da ONG IRPAA junto à coordenação do Assentamento PA POTIGUAR e aos militantes do MST, Josafá Bezerra e sua companheira Luciana Ferreira – que também faz parte da Rede Mulher, estão à frente da organização da Feira Agroecológica, em coletividade com as mulheres, abraçam o projeto e reafirmam a importância fundamental que a mulher tem na agricultura e nos espaços de Assentamentos do MST. Juntas com a comunidade elas estão fortalecendo e dando continuidade ao projeto que leva alimentos agroecológicos da Agricultura Familiar à mesa dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade.