Por coletivo de comunicação do MST na Bahia
Ontem (14), a polícia militar acompanhada de representantes do poder judiciário de Guaratinga/BA entregaram uma liminar que obrigava a reintegração de posse das famílias acampadas na Fazenda Mata Verde. São centenas de pessoas, incluindo idosos, mulheres e crianças que agora não têm para onde ir e se alojam numa fazenda próxima ao local.
Esse é o 2º despejo que as famílias que ocupam a fazenda Mata Verde recebem desde a primeira ocupação. Ao todo são 150 famílias desabrigadas. A área está localizada na região do extremo Sul da Bahia e a primeira ocupação ocorreu no dia 02 de abril deste ano. Desde então o acampamento recebeu o nome de Claudia Sena.
O primeiro despejo aconteceu no dia 24 de maio e as famílias reocuparam a área quatro dias depois (28), em resistência e luta pela reforma agrária, reivindicando a retomada das políticas de combate à fome, de moradia e da preservação ambiental. Ao retornar para a ocupação da fazenda as famílias se depararam com os barracos queimados e as plantações destruídas.
A fazenda improdutiva não cumpre a função social da terra e a ocupação tem como objetivo assentar famílias e pressionar o governo federal a retomar a desapropriação de terras da forma como determina a Constituição Federal. Possibilitando às famílias que não tem como pagar aluguel e adquirir alimentos, e acabam passando fome nas periferias da cidade. A ocupação possibilitou a produção de alimentos e lugar para as famílias morarem.
