Se reuniram ontem (15), movimentos sociais, sindicatos, professores, representantes municipais e estaduais e sociedade civil organizada, no Colégio Estadual Professora Aurivaldina Joazeiro (Colégio Modelo), no município de Itamaraju, para debater as estratégias e ações de solidariedade às vítimas da enchente na região. Na última semana, a região do extremo sul da Bahia sofreu com as fortes chuvas que causaram enchentes, deixando milhares de famílias desabrigadas.
O objetivo central foi a construção do Comitê de Crise no Extremo Sul, com representantes do governo do estado, sociedade civil, igrejas, legislativo e movimentos sociais. O Comitê de Crise tem como meta fazer o diagnóstico da situação das famílias, com levantamento de tudo que perderam e cadastrar no programa do governo do estado para receberem geladeiras, colchões, fogões, cestas básicas, reforma e construção das casas e crédito para os comerciantes afetados pela enchente.
Na reunião foi pautada a importância de continuidade das cozinhas solidárias no município de Itamaraju, onde existiam três, porém duas já foram desativadas, mesmo com muitas pessoas ainda em situação de vulnerabilidade.
Evanildo Costa, da direção nacional do MST/BA, ressaltou que o movimento tem organizado diversas maneiras para continuidade do fornecimento de marmitex, que chegam a mais de mil por dia, com o almoço e jantar. “Nosso papel enquanto militante social é contribuir com as injustiças que assolam o nosso povo, precisamos organizar os bairros, as comunidades para atender todas as pessoas que estão passando fome e perderam tudo”.
O MST continua organizando a cozinha solidária, recebendo doações de alimentos dos acampamentos, assentamentos e muitos parceiros, porém a necessidade diária de embalagens, carne e temperos. Para isso a uma campanha de recebimento de qualquer quantia em dinheiro pelo PIX: escolaegidiobrunetto@gmail.com
Tendo em vista que são milhares de pessoas afetadas pela enchente e há previsão de mais chuva para a região, é necessário manter toda solidariedade às famílias da região. A Professora Carol da UNEB, campus de Eunápolis, reafirma que precisamos fortalecer o trabalho de base juntamente com os movimentos sociais e transformar esse espaço num espaço de formação política, de organização da sociedade civil.