Por Coletivo de comunicação do MST na Bahia
Para Voz do Movimento
Na última quinta-feira (23/07) o MST da Bahia, realizou uma reunião virtual com grande parte dos coordenadores e coordenadoras que contribuem com a luta do Movimento no estado.
É tradição do MST-Ba, realizar no mês de julho uma reunião com todas as coordenações para traçar planos, debater a conjuntura, entender os processos vividos pela base e fazer um balanço das ações.
As reuniões acontecem presencialmente. É um momento místico, onde todas e todos podem se ver, trocar figurinhas, se abraçarem e trocarem afetos.
Impossibilitados de se reunirem por causa da pandemia e do vírus que assola o país nesse momento, o contato que é marca registrada em cada ação da organização está proibido por questões de saúde. O convívio direto em aglomerações foi suspenso até segunda ordem da Organização Mundial de Saúde (OMS), e o isolamento se tornou pesado para o povo que é social por essência.
Utilizando dos aparatos tecnológicos e da internet, o MST da Bahia tomou como definição reunir o máximo de coordenadores e coordenadoras possíveis, em uma reunião virtual. Gente de todas as 10 regiões do estado coloriram a plataforma de reunião, o alvoroço, a alegria em ver companheiros e companheiras e dá aquele belo sorriso marcaram o encontro, além dos debates.
Para Lucinéia Durães – da Direção Nacional do MST na Bahia, é de fundamental importância reunir a companheirada nesse cenário. “Não podemos perder de vista a luta pelos nossos direitos. Continuamos em luta para não morrer pela pandemia, para não morrer de fome. Continuamos em luta em defesa da classe trabalhadora. Continuamos contra e firmes na luta contra os desgovernos do governo Bolsonaro, especialmente no desmonte do estado. Olhando para essa conjuntura se fez necessário reunir os trabalhadores e trabalhadoras para dialogar sobre os processos, sobre o cuidado com a saúde, com as pessoas e com a sociedade. Manter viva a solidariedade que é essencial nesse momento. Estamos em isolamento, mas não em silêncio”. Conclui Durães.
O MST é uma organização social que tem vários princípios organizativos, e todos eles dependem do contato com o povo, nesse novo cenário, outras formas de interação está sendo experimentadas e utilizando toda a criatividade possível para dá conta da organização do povo.
Evanildo Costa – da Direção Nacional do MST, diz: “a direção coletiva, o planejamento, divisão de tarefas e o vínculo com a base são os princípios que estão sendo mais afetados nesse tempo de pandemia, porque todas as recomendações do nosso setor de saúde e da OMS, chocam em um momento ou outro. Diante disso, não nos restou alternativas a não ser as reuniões virtuais, que já estão sendo utilizadas por diversos seguimentos sociais e pelo mundo”.
“Foi nossa primeira experiencia com os coordenadores e tivemos um alcance bem significativo, conseguimos bater um papo e ter uma certa ideia de como anda nossa base. Além de ter um vislumbre do que são nossos encontros, com nosso povo animado e poder ver rostos e sorrisos amigos”. Explica Costa.
Já Geizi Santos Souza, coordenadora de uma brigada na região da Chapada Diamantina, afirma: “foi ótimo está com companheiros e companheiras que nos ajudam a tocar a luta, momento muito importante no cenário que estamos vivendo hoje. Tivemos esclarecimento de muitos dos processos que acontecem na conjuntura. Foi uma tarde muito produtiva, tivemos a oportunidade de amenizar um pouco da saudade que temos dos companheiros e companheiras de luta e sorrir um pouco em meio ao meu povo”. Finaliza Souza.