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MST reocupa fazenda em Cafarnaum/BA

No último dia de carnaval cerca de 60 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reocuparam a Fazenda conhecida como Queimadas de Itiano no município de Cafarnaum-Ba.

No ano de 2011 foram apreendidos e incinerados  mais de 10 mil pés de maconha em três fazendas próximas, sendo 5 mil toneladas e 170 quilos da droga já ensacada na Fazenda em questão. Cerca de 20 pessoas trabalhavam no plantio e colheita.

Pouco tempo após a área ter sido embargada pela polícia, famílias ligadas ao MST ocuparam o local que, então, estando em posse do governo poderia ser destinada à Reforma Agrária.

Os agricultores permaneceram na área até uma reintegração de posse que ocorreu seis anos após a ocupação. Passados três anos do despejo, agora, no último dia do carnaval, cerca 60 famílias Sem Terras reocuparam a Fazenda.

Conforme garante o artigo 243 da Constituição, as propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Após ser embargada por produzir maconha a fazenda Queimadas  não estava exercendo sua tarefa social que é gerar renda e trabalho.

As famílias que reocuparam a fazenda tem a missão de fazer a terra exercer sua função social e ressignificar a terra que antes servia para contrapor a lei, e que a partir de agora vai gerar alimentos saudáveis e vida digna para o povo do campo.

Para Abraão Brito a terra significa trazer de volta os sonhos das familias, a terra é a esperança de um futuro digno e uma vida livre, quando ocupamos estamos dizendo ao povo que a esperança permanece viva, e que não é proibido sonhar.

A terra é a liberdade desse sistema opressor que só quer afundar cada vez mais com a classe trabalhadora, ao contrário a terra, mantém nossa utopia acessa e nosso horizonte cada vez mais palpável. Conclui  Brito

Diante disso, os Agricultores Rurais Sem Terra esperam que a Constituição seja cumprida e que a terra seja desapropriada e destinadas às famílias acampadas.