Os dirigentes nacionais do MST, Lucinéia Durães(Liu) e Evanildo Costa se reuniram na manhã de hoje (20), com o senador e presidente da comissão de meio ambiente do Senado – Jaques Wagner, e o Deputado Federal Valmir Assunção. Na pauta, além da conjuntura política nacional e estadual, a necessidade de ampliar os investimentos na produção agroecológica na Bahia e no país.
“A agroecologia produz alimentos que, além de muito saudáveis, não agridem o meio ambiente. É por isso que nós do MST fizemos da agroecologia uma cartilha dentro dos assentamentos e acampamentos”, pontua Lucineia Durães. Ela lembra ainda que o MST assumiu o compromisso de plantar 100 milhões de árvores em 10 anos e lembra que aqui na Bahia a campanha segue a todo vapor.
Para Evanildo Costa, em tempos de pandemia a necessidade de produção de alimentos fica ainda mais evidente. “Temos hoje uma população que vive em insegurança alimentar, temos ministro do meio ambiente tirando foto na frente de madeira desmatada, ou seja, um cenário caótico do ponto de vista do meio ambiente e da alimentação saudável, justamente quando estamos atravessando uma crise sanitária cruel, agravada pela forma deplorável com que o governo federal tratou e trata a doença. ”
Os líderes relataram que durante a pandemia o Movimento já doou mais de 4 mil toneladas de alimentos saudáveis para pessoa em situação de vulnerabilidade social. O senador Jaques Wagner afirma que a pauta da alimentação saudável e do meio ambiente caminham lado a lado e são fundamentais na agenda política deste século. “Produz mais alimentos de melhor qualidade sem agredir a natureza, parece óbvio que é o melhor caminho, no entanto ainda precisamos dar passos concretos nessa direção. O cenário com o governo que aí está aponta para o lado oposto”.
Em abril o MST ampliou a distribuição de alimentos como parte das ações do chamado abril vermelho, que marcam as homenagens aos sem terras assassinatos na chacina de eldorado dos Carajás, no Pará na década de 90.