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Mulheres Sem Terra, semeando sonho

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Para Voz do Movimento

Para mudar a sociedade do jeito que a gente quer, participando sem medo de ser mulher. Canto das mulheres Sem Terra no trabalho de campo do parcelamento do acampamento Paulo Kageyama no município de Eunápolis no extremo sul da Bahia, nesta quarta-feira (12).

De acordo com Ana Gil de 66 anos, “quando ocupamos essa área, ocupamos nossos sonhos de um dia ter um pedaço de chão para plantar e produzir alimentos saudáveis e ao mesmo tempo garantir um lugar digno para sobrevivermos. Hoje estamos aqui, vendo nosso sonho tornar realidade”.

 “Tendo em vista que estamos no agosto lilás, que tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher. É fundamental realizarmos atividades com essas de empoderamento. As mulheres do MST, são mulheres de luta e fibra que sempre tiveram um papel fundamental dentro da luta contra desigualdade social e em favor de uma sociedade mais justa e igualitária”.

“Mesmo vivendo tempos difíceis, com pandemia COVID-19, isolamento social, nos colocamos hoje a disposição para contribuir neste processo de divisão dos lotes, pois compreendemos que fazemos parte desta conquista”. Conclui Gil

A atividade das mulheres seguiram todos protocolos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Não é pouca coisa. É mais que sonhar. É ter projeto, é querer a transformação.

Segundo Jazian Mota do setor de gênero da Regional Extremo Sul, “é indispensável a luta, a organização e formação, potencializando as experiências de resistência popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua história”.

 “Nós temos um papel tão importante na sociedade como temos nas nossas famílias. E esse papel, na sociedade é aquele mesmo que nos transforma de guerreiras em mães, de lutadoras em companheiras. E eu considero muito importante a firmeza e a determinação que cada uma companheira, eu sei que tem”. conclui Mota