O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também participou desse momento festivo e alegre que envolve toda a sociedade. Carnaval também é luta!
Os carnavais sempre são em blocos e o palco é a rua, e no último dia do carnaval (25) o MST foi para as ruas onde é lugar de todo brasileiro e pulou, brincou se divertiu e politizou os festejos na avenida.
As ruas do Prado, que se encontra no extremo sul da Bahia foram pintadas de vermelho, foram pintadas de povo, os Sem Terras e as Sem Terras pautaram e gritaram contra os desmandos do governo.
Com o lema: “Mulheres em luta, semeando resistência” o bloco do MST com mais de 800 acampados e assentados ganharam a avenida de Prado. Os amigos e simpatizantes da luta pela terra e do campo popular se somaram aos protestos e juntos pediram o fim da violência contra as mulheres.
Para Gabriela Melo, Dirigenta Estadual do MST carnaval “é e sempre será instrumento de subversão, é uma oportunidade para a abertura de diálogo com a sociedade, e o MST folia é essa ligação entre campo e cidade, Há muitas maneiras de aproveitar a festa, mas o desfile do bloco marca um momento único na vida de tantos trabalhadores e trabalhadoras, que através dessa festa popular extravasa a alegria e orgulho de ser Sem Terra.
Questionada sobre a participação em massa das companheiras Melo diz, “falar sobre feminismo durante a folia traz à tona questões políticas e sociais importantes, ter como tema Mulheres em Luta, semeando a Resistencia, tendo a mulher como protagonista, é importante, seja cantando, tocando, produzindo, lutando, festejando… de fundamental importância que as mulheres se reúnam, se fortaleçam e mostram que estão lado a lado nessa luta, a luta feminista é longa e o Carnaval é o momento de reafirmar isso. Conclui Melo.
Essa é a 7ª edição do MST folia nas ruas da cidade do Prado, para Daiane Santos do coletivo de cultura da regional reforça que “todos os anos comemoramos o carnaval com o MST Folia trazendo nossos símbolos para essa festa, que é momento de alegria e também de luta, esse ano com o tema das Mulheres reforça o quanto nosso movimento está organizado no debate do feminismo que está totalmente ligado a reforma agrária”.