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MST promove vários cursos de formação na Chapada Diamantina

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

do Voz do Movimento

 

Mesmo em meio às incertezas políticas, militantes do MST, se reúnem para estudar e debater a conjuntura brasileira

“Com a gama de retrocesso imposto pelo atual governo à classe trabalhadora, o que resta é resistir” diz Antônio Martins sobre os cursos de formação politica e ideológica que aconteceu na Chapada Diamantina, entre os meses de Julho e Agosto.

Foram cinco cursos, reunindo no total cerca de 150 militantes de 05 brigadas diferentes. Com o objetivo de debater e estudar sobre o cenário político, sobre a organicidade do MST, e como manter a resistência nesse momento sombrio.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, busca através dos cursos de formação, uma tentativa de leitura da realidade e como incidir na mesma.

São inúmeros os retrocessos que a classe trabalhadora vivência nesse novo governo, e isso se torna mais intenso quando se trata dos assentados e acampados do MST, que são alvos assumidos do presidente Bolsonaro.

A cada dia medidas são tomadas com a tentativa de desmonte das áreas de reforma agrária e fim da militância do MST, além dos ataques a juventude do campo, por isso o ato de organizar espaços de estudo é um grande ato de resistência.

Para Antônio Martins, Dirigente Estadual do Setor de Formação, “ estudar ainda continua sendo o mais importante ato de resistência, ainda mais quando a pauta do governo, é acabar com o povo brasileiro e omitir as verdadeiras intenções por trás das reformas propostas”.

“Essa forma de governar só beneficia uma classe, e não é a classe trabalhadora, que por sua vez, é a que mais sofre nesse processo, então resistiremos estudando” conclui Martins.

Cursos como estes são parte da organicidade do MST, o mais eficiente instrumento para a uma leitura da conjuntura, fazendo assim desde a juventude aos idosos entender o seu papel no momento atual e quais saídas procurar.

“A formação faz parte da gênese do MST, e aqui, estamos dando continuidade nesse processo, e poder ver jovens sendo inseridos , e fenomenal” afirma Josy Sampaio, Coordenadora do Setor de comunicação do MST na Chapada Diamantina,

O Dirigente Regional do MST na Chapada Diamantina, Abraão Brito da Silva, acredita que esses espaços traz para além de estudo, inclusão, empoderamento e protagonismo para os sujeitos do campo, inclusive para a juventude Sem Terra.

“O curso veio trazer protagonismo para a juventude, ver nossos jovens engajados, para continuarem resistindo as investidas do agronegócio, que está como inimigo da vida, por produzir alimentos com veneno. ” finaliza Silva.

O MST, através dos cursos de formação vêm incluir todos os sujeitos, de todas as idades, buscando a elevação da consciência e transformação social.