Por Neto Onirê Sankara, direção estadual do MST na Bahia. Brigada Ojefferson, regional Baixo Sul
A morte é a única certeza que todos têm. Parece pessimismo partir dessa premissa na introdução de um texto. No entanto, é a forma mais objetiva de assegurar um ponto de partida comum a todos, sem distinção.
Embora seja a morte um fim inevitável, a forma como cada um encontrará esse irrefutável destino depende da sua condição social, de qual classe social o sujeit@ faz parte.
A classe trabalhadora encerra seus dias com sofrimento, caso aceite as regras do jogo de quem explora nossa vida: o capitalismo e seus agentes.
Os companheiros que foram assassinados na curva do “S” no massacre de Eldorado dos Carajás (PA), em 1996, decidiram viver com dignidade, alimentando a esperança e o corpo na luta pela terra, condição fundamental para assegurar uma plena existência nesse planeta.
Não temos mortos, temos mártires que decidiram enfrentar o destino trágico e aparentemente irrefutável. Jovens como Oziel Alves não morrem, eles adubam a vida dos que vem depois, são bússolas para os que estão na luta e acima de tudo são motivos para não termos luto e sim lutas!
Temos que organizar nossa resistência para florir um jardim de Oziel e outros tantos que decidam seguir o ensinamento de Margarida Alves: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.
Viva os nossos heróis de Eldorado dos Carajás!
#AbrilDelutas