Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Para Voz do Movimento
Na manhã desta terça-feira (29), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra garantiu a vinda do Ministério da Cidadania para o assentamento Jaci Rocha, no Extremo Sul da Bahia.
Após muita luta e toda articulação entorno da falta de assistência e serviços que são de competência do Ministério da Cidadania que os assentados não tinham acesso por diversos problemas que partem desde má gestão, ou incompetência por parte dos servidores.
O Ministério ao vir para o assentamento, trouxe alguns serviços para as famílias do Jaci Rocha, como, recadastramento do Cadastro Único (Cad. Único), apoio inicial, fomento mulher e o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
De acordo com Antônio Filho da Direção do assentamento, “os serviços vieram em um momento propício, devido à crise financeira que estamos vivendo. Muitos assentados ainda estão em barraco de lona preta, agora pegarão os créditos e poderão investigar na estrutura do seu lote.”
” Infelizmente, não foi para todos, mas conseguimos 83 créditos para fomento mulher e apenas sete apoios iniciais para pessoas que não receberam no início do lote. ” Finaliza.
créditos para o desenvolvimento da produção dos assentados, assistência técnica, e as beneficies do estado sempre fizeram parte das pautas do Movimento Sem Terra.
Dona Nailza Santos assentada no assentamento Jaci Rocha, diz “eu fico muito feliz, quando vejo o MST trazendo essas conquistas para a gente, sou desse movimento a mais de 20 anos, e se não fosse o movimento, eu nem sei o que seria dessa vida. A vinda desse povo importante para fazer os cadastros e entregar os fomentos, é fruto da luta, era para eles terem vindo antes, mas o MST conseguiu trazer agora, eu estou muito feliz”. Conclui Santos
Apesar da vinda do Ministério da Cidadania com alguns serviços, famílias assentadas não receberam os auxílios, fomentos e nem conseguiram se recadastrar, pois os mesmo usaram a base de dados do INCRA, e quando questionados sobre quem ainda não estava cadastrado, Fabio Roque representante do Ministério da Cidadania afirma que “o CRAS da região está autorizado e irá regularizar a situação de todas as famílias assentadas, para que nenhuma delas fiquem sem a assistência do Estado”. Conclui Roque.
Evanildo Costa da Direção Nacional do MST na Bahia afirma que “todo ano com exceção de 2020, fazemos marcha de Feira de Santana a Salvador, justamente por que nossas pautas não são atendidas, meu sonho é que o governo atenda nossas reivindicações que visam melhorias nas áreas de reforma agrária, por que ver o sorriso e o semblante de satisfação estampado nos rostos das famílias não tem preço e só nos da ainda mais força para seguir lutando por uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária”. Conclui Costa