MST realiza curso de formação no Extremo Sul da Bahia
Mais de 100 militantes participam de formação político ideológica do MST
Deu início no começo desta semana o tradicional curso de formação de militantes do MST no estado da Bahia.
Esse módulo do curso terá duração de 30 dias e pretende formar 100 companheiros e companheiras dos acampamentos e assentamentos de todas as regiões do estado. Todo processo está acontecendo no assentamento Rosa do Prado, localizado no município do Prado, região do Extremo Sul, local forjado à base de muita luta e resistência.
O curso tem como objetivo a formação continua das trabalhadoras e trabalhadores camponeses na perspectiva de qualificar a compreensão sobre os temas referentes a questão agrária na atualidade.
Aldeane Lebrão do setor estadual de cultura que contribui na coordenação político pedagógico (CPP) do curso afirma que “a formação acontece para atualizar e dar continuidade no processo de estudo da nossa militância, fortalecendo também a renovação da nossa mística e nosso comprometimento com a causa da luta pela terra, momento de se apropriar da nossa história e ampliar o conhecimento político”.
“Para além da formação política e ideológica é momento de fortalecer a resistência com a base e estar aqui é fortalecer a militância na defesa dos territórios camponeses”, completa Lebrão. A formação pretende qualificar a militância para compreensão da atual conjuntura adversa e dar continuidade na construção de acampamentos e assentamentos do estado.
Durante todo esse período serão realizadas atividades de estudo teórico, pratico, cultural e esportiva dentro da metodologia pedagógica do MST, com trabalho popular e organização de base, alguns temas que serão abordados serão, história da agricultura, reforma agrária popular e agroecologia, cultura camponesa e gênero e patriarcado.
O jovem militante Samuel Pereira, que contribui no coletivo de comunicação da regional Sudoeste reforça a importância da formação dos sujeitos que vivem no campo “aqui é espaço pra que cada um possa se ver quanto pessoa e reforçar nosso papel na luta”.
“Minha visão parte do coletivo, por que quando se chega aqui no curso, se deixa o eu individual de lado e passa a se tornar o nós, como nos acampamentos e assentamentos.
Antes de conhecer o movimento eu era muito individualista, e através do MST aprendi que o coletivo é mais importe que o eu, nos vemos na construção do sujeito coletivo na luta pela Reforma Agrária Popular, que é uma luta coletiva” finaliza Pereira.