Por Coletivo de Comunicação do MST/BA
Agricultores Sem Terra do Pré-Assentamento Bela Manhã no município de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia, em parceria com Equipe Nutricionista do Departamento de Alimento Escolar da Secretaria de Educação do município, realizaram nessa segunda-feira (31/05) o Curso de “Legislação PNAE, Agroecologia e Prática em Branqueamento”. A Capacitação contou com a presença de cerca de 40 pessoas, seguido todas as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dialogar sobre a estratégia da Política Nacional de Promoção da Saúde é uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, e está pautada na Política Nacional de Segurança Alimentar, bem como na concretização do direito humano, universal à alimentação e nutrição adequada.
A oficina trata-se de um treinamento com nutricionista e estagiarias de Nutrição do departamento de Alimentação Escolar de Teixeira de Freitas, com os seguintes temas: Sugestões de novos produtos para preparação da alimentação escolar, fornecida pela agricultura familiar; rotulagem; agroecologia; Legislação do PNAE e processo de chamada pública; branqueamento para congelamento de alimentos.
Dentro do conteúdo da oficina, as famílias puderam aprender sobre alguns temas como: conhecer hábitos alimentares, refletir sobre questões relativas à comensalidade, regionalidade, habilidades culinárias, publicidade, oferta, custo, tempo e informação, entre outras atividades.
O curso contou com uma belíssima mística, as participantes relataram a importância de compartilhar esse momento, principalmente em tempos difíceis quais estamos vivenciando, visto que a alimentação escolar é de suma importância para os estudantes. Uma alimentação saudável livre de agrotóxicos e produzida pela agricultura familiar camponesa é ainda melhor, relata Generosa Elias Barbosa.
“Nós investigamos vários indicadores, sendo um deles o aumento da obesidade entre crianças e adolescentes. Os alunos são protagonistas dessa ação, mobilizando outros adolescentes, mas também envolvendo seus pais, diretores e professores”, completou.
Satisfeita com a realização das oficinas na escola, a diretora Nadir Socorro Gonçalves Rodrigues, acredita que os participantes terão um conhecimento maior do significado de alimentação saudável. “Os nossos alunos serão multiplicadores e passarão para os outros a forma de comer melhor, eles vão detectar os danos que os alimentos processados ou multiprocessados podem causar à saúde. A má alimentação do aluno repercute na sala de aula. Tudo começou com alunos que passaram pelo IMC do trabalho”, disse.
O aluno do 9ª ano vespertino, Ítalo Henrique Campos Monteiro, 15 anos, participou das oficinas, mas confessou que se alimentava de forma inadequada. Para ele, agora tudo será diferente, pois todo aprendizado adquirido irá passar para outras pessoas. “A oficina me ajudou muito, porque a minha alimentação não era totalmente saudável. Agora isso vai mudar, pois temos que ter equilíbrio sobre o que devemos comer ou não. Vou compartilhar as aulas que tive na oficina com meus amigos e familiares”, assegurou.