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MST no extremo sul da Bahia, realiza 1ª feira Regional de Agroecologia do Brasil.

 

Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Para Voz do Movimento

Cerca de 34 mil tonelada de alimentos agroecológicos, ocuparam o coração de Itamaraju.

 

Alimentos vindo das áreas de assentamentos e acampamentos do MST do extremo sul da Bahia, produção agroecológico, livros, sementes e mudas crioulas, pratos típicos e artesanatos. Ocuparam nos dias 27 e 28 de Setembro, a Praça Castelo Branco, no coração de Itamaraju no extremo sul Baiano.

1º Feira Agroecologia, promovida pela Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto –EPAAEB e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, em parceria com Secretaria Promoção da Igualdade Racial da Bahia – SEPROMI a culminância ao edital de Década chamada publica nº 001/2019.  Tendo tema “Mulheres, jovens na produção e no consumo de alimentos saudável”.

 

Há exatos sete anos, na Bahia começou debater a agroecologia, foi construída a escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta, e a partir daí os acampamentos e assentamentos da Regional Extremo Sul estiveram em transição agroecológica, e hoje depois de sete anos, realiza a 1° Feira Regional totalmente e completamente agroecológica.

A Feira trouxe a expressão de mais de 34 tonelada de alimentos, mais de   108 variedades de produtos sem veneno, cerca de 200 camponeses e camponesas oriundos das áreas de assentamentos e acampamentos da região.

Para Eliane Kai, coordenadora Política da EPAAEB, a feira é um espaço para o movimento dialogar com a sociedade, a respeito de uma alimentação saudável. “As feiras são as nossas principais ferramentas de luta, contribui para debater a necessidade do consumo de alimentos saudáveis livres de agrotóxicos, além de ampliar nosso espaço de comercialização.

Segundo Kai, a feira vem favorecer ambos os lados, consumidores que compram diretamente dos produtores e a garantia de que está levando para casa alimentos saudáveis, agroecológicos, sem uso de agrotóxicos e de qualidade, e produtores que vendem diretamente para os consumidores, com preços acessíveis e sem atravessadores”.

Isaura de Souza (65), assentada no assentamento Bela Manhã no município de Teixeira de Freitas, sempre esteve presente em feiras promovidas pelo movimento e outro seguimentos, mas expõe que esse ano” a feira tem um significado maior para nós mulheres Sem Terra do MST, ela traz a discussão do empoderamento das mulheres no campo na produção de alimentos agroecológico e comercialização que sempre esteve presente na produção ao longo da história da mulher camponesa, agora ocupando outro espaço.” Conclui Souza

 

Além, do mosaico de produtos diretamente do campo dentro do sistema agroecológico, existe a luta contra os agrotóxicos e a favor da vida.

As pessoas que passaram pela feira puderam contemplar uma programação recheada de temas que comunga com atual conjuntura política do país, que reafirma o processo organização, resistência ativa e a transformação social e oficinas práticas.

 

32 anos do MST na Bahia.

 

Dentro da programação da feira foi comemorado o aniversário do MST na Bahia, para as famílias assentada e acampada do movimento e um ato significativo comemorar esses 32 anos de lutas e resistência principalmente nesta atual conjuntura política que nos encontramos, com perda de direitos e a tentativa de criminalização do movimentos sociais e inclusive o MST.

São 32 anos de luta e resistência, de enfrentamento ao agronegócio, de transformação social e valorização da vida.

Segundo Evanildo Costa da Direção Nacional do MST na Bahia ressalta a importância de pararmos para lembrar e comemorar esses anos de existência, pois esses 32 anos retrata e traz a nossa mente o esforço e luta de cada pessoa que se doou por esse movimento.

Comemorar nossa resistência, comemorar a luta do povo ao mesmo tempo colocar o protagonismo deste povo no cenário político que nos encontramos e demostrar a nossa força e a capacidade nos organizar e continua ativo na luta e na resistência contra o mazelas e tentativas de nos criminalizar.

Por fim dentro da programação ocorreu o Encontro de Juventude Sem Terra, cooperativa, troca de sementes a copa da reforma agraria e apresentações culturais, que buscou resgatar a luta da terra, com poesias, atrações musicais com Emerson Batista e Mary Costa e Cacau com Leite que enfatizaram o trabalho e a luta pela agroecologia, ao longo dos 32 anos do MST na Bahia.

 

Encontro da Juventude Sem Terra

Com muita música, animação e batucada a juventude da regional extremo sul da Bahia, realizou dentro da 1ª Feira Regional de Agroecologia, o Encontro Regional da Juventude Sem Terra, com tema: “Juventude Sem Terra em luta: Pela vida e por direito”. O evento contou com a participação de cerca de 250 jovens oriundos das áreas de assentamentos e acampamentos da região, os participantes puderam contar com uma programação recheada de temas que comungavam com luta e participação da juventude dentro da luta de classe.

A programação se dividiu entre momentos de estudo e debate sobre a conjuntura, o papel da juventude na luta de classe e raça, saúde para juventude, e o sujeito LGBT e oficinas de arte cultura e comunicação.

Segundo Adelaide Purificação do setor regional de juventude, “A construção deste espaço e suma importância para dialogar com a nossa juventude sobre atual conjuntura política e os desafios que estão imposto, ocupando o coração de uma cidade como Itamaraju que é uma referência para Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra da Bahia, e reafirma a nossa luta na batalha de ideias, consciencialização política, o trabalho de base e o processo emancipação. E essa juventude e a que está engajada nesse processo. Conclui

Para Jovem Renata Oliveira, assentamento Zumbi dos Palmares, Está em um espaço como esse nos ajudar a compreender o atual cenário político com a retirada de direitos, que precisamos nos fortalece enquanto juventude Sem Terra e criar unidade com outros seguimentos de juventude, para de fator possamos construir um futuro da nação. Será o futuro desta nação que fato sofre a mazela deste momento histórico, e dela ser forjado para agir.