Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Para Voz do Movimento
O acampamento Lula Livre localizado no município de Camamu na Brigada Ojefferson, na Regional Baixo Sul da Bahia, sofreu despejo na manhã do desta segunda- feira (30).
Por volta das 10 horas da manhã oficiais de justiça foram até o acampamento para cumprir a ordem de reintegração de posse despejando cerca de 20 famílias que estiveram que deixar suas produções.
As plantações já se encontravam perto da colheita e as famílias foram obrigadas a deixarem para trás produtos como banana, cupuaçu, mandioca, abóbora, milho, feijão, hortaliças e viveiros com diversas espécies de mudas.
Quando ocupada a terra se encontrava vazia, não cumprindo o papel social, só havia pasto.
O antigo dono da terra, o senhor Pedro Salvador deixou muita divida sobre a terra, ou seja, além de ser improdutiva era também uma área de dívida com a justiça.
“Nesse país há muita terra sem gente e muita gente sem terra e nós buscamos apenas um direito que é do povo, que é da classe trabalhadora, estamos lutando para que o governo faça valer o direito”.
Lutar, resistir e produzir alimentos saudáveis é o objetivo das famílias e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, quando as famílias são despejadas o governo está dizendo que não quer que o povo sonhe, e viva com dignidade, mas continuaremos a resistir e não fraquejaremos frente às injustiças, frente ao fascismo e a corrupção. Não deixaremos essa arbitrariedade nos abater. Concluí José Neto Dirigente Estadual do MST na Bahia.
O acampamento influenciava diretamente na economia da cidade de Camamu, as produções dos acampados gerava renda e era uma produção limpa de veneno.
Continuaremos em luta, resistiremos frente a esses retrocessos impostos a classe trabalhadora. Repudiamos a arbitrariedade do despejo e lutaremos para que haja democratização da terra, e que as famílias possam ser livres e viver com dignidade.