Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Para Voz do Movimento
Na tarde desta sexta feira (11), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realizou Assembleia dos Amigos do MST.
A atividade que abriu debate sobre a Reforma Agrária no Brasil, trouxe para os convidados e convidadas informações importantes sobre o que que vem acontecendo no Extremo Sul do Estado.
Neste ato, estava presente representantes da UnB (Universidade de Brasília), UNEB (Universidade do Estado da Bahia/Centro de Educação do campo), UFBA (Universidade Federal da Bahia), Quilombo Juazeiro, UFPB(Universidade Federal da Paraíba), UFRB(Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), UFPR(Universidade Federal do Paraná), ESALQ- OCA (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), APLB Porto seguro, UNESP(Universidade Estadual de São Paulo) , ANDES(Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), ANPEGE(Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia), CUT(Central Única dos Trabalhadores) , ABRA , Fórum de Educação do Campo da Bahia, Geografar observatório agrário da Bahia, UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia- Porto Seguro- Grupo de Estudos em Agroecologia) e movimentos do campo da esquerda.
Indignados pelo novo cenário que está gerando medo, insegurança e que mudou toda a rotina da vida das famílias assentadas, que estão sofrendo intensa investida truculenta do governo federal, interferindo na produção de alimentos. As entidades se propuseram a estar nas trincheiras da luta pela reforma agrária e pelos direitos que são garantidos por lei a classe trabalhadora que vive no campo.
“É com muita indignação que a gente vem acompanhando as intervenções que estão acontecendo na bahia, com o governo utilizando assentamentos históricos da região para disseminar práticas de violência”.
‘’Todo o coletivo da educação do campo se encontra em solidariedade à luta, em defesa da democracia, dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, da reforma agrária e do MST” diz Rosana Mara da Universidade do Estado da Bahia.
Para João Paulo Rodrigues, da direção Nacional do MST, “esse processo que vem acontecendo na Bahia é um descaso do governo federal para com as famílias assentadas e para com o MST, sem nenhuma base concreta o presidente desloca a força nacional para apaziguar uma área que a única coisa anormal é produzir alimentos saudáveis e alimentar a nação brasileira que e é dever do presidente”.
Rodrigues insiste em afirmar que o governo que está gastando um dinheiro que deveria ser direcionado para a saúde ou até mesmo para investir em quem sempre cumpriu um papel fundamental, alimentar a população brasileira, a agricultura familiar, conclui.
A assembleia ganhou um tom de luta, as entidades e representantes da sociedade civil se propuseram a erguer a bandeira de solidariedade e luta em prol das famílias assentadas. “A ideia é extrapolar os limites virtuais e partir para luta concreta, vamos agir” diz Coordenadora Pedagógica, Eliane Kai.